quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Fácil de entender...


"Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim, olhar para mim...
Escutar quem sou e se ao menos tudo fosse igual a ti..." *

* The Gift

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domingo, 27 de janeiro de 2008

Domingo... em Janeiro... Praia

Depois de almoçarmos umas belas ameijoas à Bulhão Pato e uma bela Dourada escalada... fomos à praia os dois! As nossas músicas favoritas, um Sol maravilhoso, em camisa apenas, em Janeiro - 25ºC - fantástico! Como era ainda cedo não apanhámos trânsito, o pessoal gosta de almoçar tarde, e assim escapámo-nos das filas que normalmente se "gramam" para poder dar aquele passeio pela Serra da Arrábida.
Lá fomos até à Figueirinha...

Como se nota, o Sol ofusca-nos e os olhos mal se têm abertos.

O Tomás que é sempre tão comichoso, quiz logo tirar os ténis e ir para pertinho da água ... primeiro apenas para atirar punhados de areia, depois... algo mais...

E enquanto ele se divertia e não parava de correr e atirar areia, eu... "sentada a olhar o mar, sonho sem ter de quê"

Adoro o Mar, é uma coisa quase inexplicável, uma sensação especial poder estar ali, com uma temperatura amena, e sem aquela gente toda que normalmente lá está no Verão. Apesar de algumas pessoas, pode sentir-se a quietude e o marulhar das ondinhas que se espraiam na areia... que bom...

Poder-se-à dizer que botas não será o melhor calçado para levar à praia, but... o improviso assim determinou :)


Como se pode ver, entretanto, o Tomás resolveu ir a "banhos" ... coisa que muito dificilmente ele faz no Verão. Acho que, tal como eu, o que ele não gosta é das multidões na praia :)

Foi assim a minha tarde de Domingo, em Janeiro..."Quase perfeito"...


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sábado, 26 de janeiro de 2008

Sufoco


S into que tenho de reaprender a viver
U m misto de liberdade e insegurança
F antasias que amíude me fazem sofrer
O u me ajudam a encarar o futuro com mais confiança...
C alo lágrimas e oprimo pensamentos
A fasto o medo, a angústia e a ansiedade
D igo para mim mesma que não pode haver segredos
A limento a esperança em busca da Felicidade!

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Devaneios


Hoje, vi-me menina buscando um pedaço de Céu
Vivi lembranças nas palavras escritas com calma
Ternuras que o tempo esconde no seu véu
Emoções que à distância me alimentam a alma

Em ti me refiz mulher, me encontrei
Vislumbrei o caminho para ser Feliz
O que me dás não tem preço, só eu sei
És tudo quanto eu sempre sonhei e quiz

Sei que não posso ser a Luz que tanto procuras
Se te ofusco com o que tenho de melhor em mim
A genuinidade do meu amor incondicional... o desejo
Quero-te, mas ...a tua Liberdade jamais terá fim

A tua dôr... é a minha dôr...
Ter-te é o meu desejo mais profundo
Mas acima de tudo e de qualquer coisa

Quero-te todo o Bem que há no Mundo!

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“Pega-me tu ao colo

E leva-me para dentro da tua casa

Despe meu ser cansado e humano

E deita-me na tua cama

E conta-me histórias, caso eu acorde,

Para eu tornar a adormecer.

E dá-me sonhos teus para eu brincar

Até que nasça qualquer dia

Que tu sabes qual é”

Alberto Caeiro in O Guardador de Rebanhos - VIII

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domingo, 20 de janeiro de 2008

Dimensões


A Vida prova-nos a cada dia que não vale a pena termos algo por adquirido. O que hoje é uma certeza, amanhã poderá não sê-lo, ou então, poderá continuar a ser uma certeza, mas no significado inverso. Como assim? Tipo: hoje tenho a certeza que Amo, e amanhã chego à conclusão que tenho a certeza que não Amo.
Parece inconstante, parece contraditório, mas não é. É apenas a conclusão de que muitas vezes nos deixamos cegar pelo comodismo. O hábito de achar que amamos e até de dizê-lo, só por si, não torna verdadeiro o sentimento, torná-lo-à, quanto muito, socialmente correcto.

Não é isso que quero mais para mim, aliás, já não o queria há muito. É duro, claro que sim, concluir que afinal não se ama, quando até se pensava que sim. Procurar em cada lembrança o momento em que algo mudou, o que de facto mudou? Esta geração já não se limita a acomodar-se ao facilitismo que é manter uma relação pela estabilidade, pelo socialmente ou moralmente (para alguns) correcto e muito menos pelos filhos. Sim, também é facto que talvez esta geração não tenha aprendido a fazer a gestão de tantas dimensões que nos envolvem. Não procuro sequer encontrar os motivos, fazer comparações com outras gerações. Apenas verifico que é assim.

[Mas, atenção, chegar à conclusão que não se ama, não retira importância alguma ao amor que se sentiu! Se há algo que me baralha é ouvir alguém dizer, quando encontra um novo amor, que afinal não tinha amado o anterior. Se aparentemente pode parecer um mimo a quem está a ouvir, na minha opinião é uma hipocrisia. Nenhum amor morre definitivamente em nós, fica guardado naquele baú, transforma-se é certo, mas não morre, vira apenas lembrança boa, carinho, amizade]

A dimensão trabalho, ocupa-nos a grande parte do dia, absorve a maior parte das nossas energias, é exigente e pouco gratificante (por mim falo).
A dimensão filhos: a melhor de todas, sem dúvida, mas talvez também a mais prejudicada por todas as outras. Depois de juntos um pouquinho pela manhã, o reencontro dá-se ao fim da tarde, quando, na maioria das vezes, o cansaço provocado pelas outras dimensões, retira qualidade ao tempo que sobra até à hora de dormir, porque entretanto...
...A dimensão casa, obriga a que se faça jantar, depois do banho, entre outras obrigações e se esgote o tempo sem que possamos partilhar-nos.
Ao fim de semana mais do mesmo. O tempo está bom para passear? Pois, mas há casa para arrumar e limpar, roupa para tratar, lavar estender e passar, and so on, and so on ...
A dimensão social ficou para enésimo plano e resume-se práticamente a casamentos, aniversários e um ou outro cafézinho no fim de semana...

Onde ficou a dimensão casal? Não sei... esquecemo-nos? Ou nem tivemos tempo sequer? Acho que só restou tempo de dizer: até amanhã, ou neste caso: até sempre... até qualquer dia... vamos tentar de outra forma ser Felizes.

Hoje tenho a noção, à custa de algum sofrimento, que esta minha forma de ser não traz nada de bom, mas também não é algo que possa mudar, quando muito fazer algum ajuste aqui ou ali. O mundo, a vida, está exactamente para aqueles que se acomodam ao que falei. Esses constróiem uma vida, mais ou menos estável, têm os seus filhos, a sua rotina... Não amam, ou pensam que amam, mas são alegadamente Felizes. Espero que nunca tomem a consciência que tomei!

Mas as lágrimas lavam-me a alma e, graças a Deus, tenho feito bom uso delas...

Quero Amar na magnitude da palavra, e aprender a fazê-lo com todas as dimensões das quais não me posso abstrair. Não deixar de namorar nunca, deixar de namorar é o passo nº 1 para a acomodação... para o fim...

Às vezes pergunto-me: Porquê? Porque tudo tem de ser sempre tão dificíl? Mas depois, ergo novamente a cabeça, não quero sentir pena de mim, e digo: Quanto mais dificíl, melhor será o sabor no final ...

Sonhar ainda é possível... sonho sempre que o amor é livre como um passarinho e que, se tiver de ser, ele cá chegará...


"... a esperança é um Dom, que eu tenho em mim, eu tenho sim ..." Caetano Veloso, Sonhos

Esclarecimento: apesar de alguma amargura neste post quero dizer que acredito no Amor, sempre! E quero dizer que sei que existem casos de amor que duram uma vida, que os admiro muito, que os invejo positivamente. [2008/01/21]

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terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Penso-te... logo existes!


"Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que seja Feliz quando a contempla. Ele pensa: "Minha flor está lá, nalgum lugar..."

O Principezinho - Antóine de Saint Exupéry




Eu sei que tu estás... lá.

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segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Ousadia


Ela ousou sonhar um sonho para lhe oferecer. "Quero a estrada, que me vai levar ao Sol..."

O sonho de juntos, abraçados numa praia qualquer poderem assistir a um daqueles espectáculos da natureza que nos deixam sem palavras dada a sua beleza.

Um Pôr do Sol ... só para ele...
"Tive medo de acordar, como se vivesse um sonho, que não pensei em realizar"

Há momentos em que as palavras estão a mais, e a intensidade do olhar, do toque, do abraço e/ou de um beijo, dispensam qualquer palavra. O palpitar do coração, o tremer das mãos, a própria respiração. "Encosta-te a mim..."

Chegaram juntos num entardecer. Sabiam que este seria o derradeiro momento mas não queriam pensar nisso, havia que aproveitar e ser Feliz nos momentos que antecediam a despedida.
"Se o tempo nos der o tempo a que temos direito"

Sentimentos... "Quando os meus olhos te tocaram, eu senti que encontrara... a outra metade de mim..."

O Sol reflectia no mar prateado e calmo. Os seus olhares perdiam-se no horizonte um do outro. Não havia promessas, não havia segredos, havia sentimento, amor, essencialmente amor. "Não sei quanto tempo fomos..." A ela apetecia-lhe chorar de emoção, de um sem número de sentimentos tão contraditórios entre um "por favor não me deixes" e um "segue para seres feliz", tudo isto podia ser lido nos seus olhos... "Sei que não sei, às vezes entender o teu olhar..." ele, silencioso, limitava-se a olhá-la com carinho e a acariciá-la com meiguice. Ambos sabiam... "Esconde esse sorriso que me faz querer matar por mais"

Amaram-se assim, numa praia, num pôr do Sol, num momento... com o olhar...
"A minha boca na tua, eu confesso, não me sai da cabeça"

Na hora de partir disseram-se: Gosto-te e ... até já... "E o carinho que me dás fica guardado no meu peito..."



"O Valor das coisas não está no tempo que duram mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis..."


Fernando Pessoa

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Mariza - Chuva

Só porque... não me canso de ouvir. Linda apesar de triste ... tão LINDA!






Espero que gostem tanto quanto eu!

A chuva ouviu e calou meu segredo à cidade...

E eis qu'ela bate no vidro trazendo a saudade...