domingo, 19 de agosto de 2007

Nuvens


Estive nas nuvens, bem dentro delas
Senti-me por momentos planando no ar
Branquinhas e fofas, como são belas!
Apeteceu-me sobre elas andar a pular

Abri muito os olhos lá fora era um mar
De nuvens que montes pareciam formar
Estradas, caminhos, labirintos sem fim
Quem me dera poder junto delas sonhar

Como é belo o que existe lá em cima
Só quem voa pode algum dia alcançar
A PAZ, esta sensação de infinita beleza
Como tive sorte em poder contemplar

Mas de súbito a saudade se fez manifestar
E logo aos olhos a lágrima assomou
Perante o espectáculo que o céu me ofertava
O meu coração cedeu e chorou

Escondida, de todos e até de mim própria
Sentindo a saudade, um aperto sem fim
De repente a beleza se tornou turva
Desviei o olhar, a melancolia voltou para mim ...

[Abril 2007]

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