quarta-feira, 21 de maio de 2008

Livro de autógrafos... e afins


Quem, das meninas pelo menos, não teve um, ou vários, livros de autógrafos. Pois eu TIVE - acho o máximo hoje pegar neles e rir, relembrar, reviver. Ler e dizer - olha, esta escrevia sempre a mesma coisa - era chapa fosse para quem fosse. Percebe-se tão bem numa dedicatória o que ela de facto quer dizer... Ou então ler e pensar - esta pessoa é tão especial!!

Enfim, tudo isto porque reencontrei um amigo dos tempos de liceu - o Renato!! O Renato era o meu "mano", das alturas em que eu ainda gostava de cervejas e as bolas de berlim sabiam a bolas de berlim e ainda não existia a internet - dos tempos em que dançávamos no pátio do Liceu o "Sweet Child of Mine" dos Guns 'n Roses, como se fosse a melhor "Balada" de sempre, da altura em que ele queria bater ao meu "namorado" por ter acabado comigo :D

Enfim...

Curiosamente acho que não tenho uma única dedicatória do Renato - acho que nos dizíamos tudo :) Mas não tinha só livros de autógrafos. Quando tinha algo muito importante , para mim, a dizer a alguém, se não tinha a oportunidade de o fazer verbalmente, escrevia cartas - ainda não havia internet, e hoje, remexendo nos livros de autógrafos, encontrei duas cartas resposta - pena que não tenho as que escrevi :)

Vou aqui transcrever umas partes - para percebermos como somos aos 33 anos, o que somos aos 16 anos - versão upgrade, claro. E que, não obstante, continuamos a ter tantos defeitos... afinal... somos apenas Humanos!!

"(...) Achei-te muito interessante e com um "feeling" que poucas raparigas têm. Adorei o facto de me teres ajeitado o cachecol só por ter dito que estava doente (...) mas queria que soubesses que no fundo, bem no fundo do coração guardo um pouco de saudade de te ver (...) vi que nos teus olhos existe muita fascinação, encanto, esperança (...)

(...) Antes que me esqueça gostava de dizer-te que são poucas aquelas que podem desfrutar de serem chamadas um nome tão bonito quanto o teu "NATACHA" (...)

(...)Estou a escrever-te para te dizer que gostei muito da tua carta somente por uma coisa, a tua sinceridade que acho muito linda e dificíl de encontrar nos dias que decorrem. Gostava também de te dizer que temos o que somos e que é nos grandes sacrifícios que estão as grandes oportunidades, espero que me percebas como eu te percebi. (...)

Marco Melo/1992


Agora - pena é que não faço ideia de quem seja este cara-pálida :( e isso aborrece-me!! Mas uma coisa sei - este rapazinho não podia ter 16 anos - nenhum rapaz de 16 anos fala assim - né!?

Este será um tema a voltar à cena...

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