terça-feira, 16 de outubro de 2007

Viagem a um passado...


Um passado além daquele que me lembro. Lembro-me, antes, de o ouvir vezes sem conta pela boca da minha avó. De tanto o ouvir, quase podia jurar que me lembro de ter vivido aqueles momentos, mas é impossível. As minhas primeiras recordações são aquelas que lá atrás já contei, naquela magnifica quinta...

Estas que agora conto, reportam ao período que estive no Brasil, entre os meus 4 e 15 meses salvo erro. De tal forma que, segundo rezam as histórias, as primeiras palavras que eu disse foram "Mâe" e "Pâe", mesmo à brasileira. Ao que sei também, delirava a ouvir Roberto Leal, punha-me logo a dançar, mas esta parte passamos à frente, boa? :p

Esta menina irrequieta, pois, era muito bem mandada. Tanto que quando se lhe dizia: "Natacha, não mexe aí" ... a pacanina ia pondo a mão ao mesmo tempo que repetia "Não mexe aí", sendo que logo de seguida estendia a mão e dizia "Tatau" ... Descarada, não? Mas não só.... segundo a minha avó, mesmo que não me estivessem a ver fazer a asneira, eu não deixava créditos por mãos alheias, procurava logo um adulto, de mão estendida, dizendo: "Tatau", mau ,pensavam eles, já fez alguma... e era mesmo verdade...

Compreendo agora esta minha tendência, ou falta de jeito mesmo, para mentir ... porque será??

Lindo lindo, foi quando, de gatas, e chamando pela empregada que vivia do outro lado da rua, me escapuli de casa e me foram apanhar já no meio da estrada, sempre de gatas, chamado "Isaaaa" ... A esta distância, sempre que se fala nisto há sorrisos, mas não imagino o susto de ver uma pacanina atravessar uma estrada perigosa, em cima de uma curva ...

Mas estou aqui, e ainda por cima... nota-se ;)

De vez em quando dá-me para estas coisas da memória... sorry, tá?

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2 comentários:

Anónimo disse...

Qual sorry, qual quê! :)
Gosto bem de as ler, querida amiga.

Também uma vez "pirei-me" de casa, saí do quintal pelo portão fora e quando me foram lá "devolver", uma senhora cigana comigo ao colo (depois de tocar à campainha), foi surpreendida pela resposta da minha avó..."Não damos dinheiro, vá embora... vá!"...

Só depois da insistência da senhora que tocava à campainha é que a minha avó reconheceu a criança que ela trazia ao colo. :)

Unknown disse...

João,

O que eu já me ri com a tua lembrança!! Que máximo!! Lá te safaste de umas noites à volta da fogueira ;) outra, que não a do nosso amigo Lampejo :D

Que máximo!! Estou à espera de um post teu sobre as tuas lembranças ...

Beijo grande amigo!