[BLOG ENCERRADO]
terça-feira, 2 de setembro de 2008
O caminho...
domingo, 31 de agosto de 2008
O Fim...
... acabou o "Pacanina..."
Acredito que todo o fim pressupõe um novo começo. Hoje, amanhã, para a semana... seja quando for!
Eu continuo a mesma, e voltarei num outro formato. Queria agradecer a todos, mesmo a todos, os que de alguma forma aqui me acompanharam, me deram uma força, ou simplesmente me leram, ou simplesmente passaram, os que aqui conheci e que me proporcionaram um crescimento incrível, aqueles que ousaram dar um passo mais na escadaria dos afectos, aqueles que gostaram e até aqueles que não gostaram tanto assim...
... aqueles que sempre demonstraram confiança em mim e, com isso, me incutiram confiança.
Aqueles que me cuidam, que me sabem... que me gostam...
Aqueles que acham que vale a pena... sigam-me...
... em breve direi até onde...
sábado, 23 de agosto de 2008
Descanso merecido...
Poisé...
Férias com sabor a férias... era mesmo disto que eu estava a precisar...
Ir ao encontro do mar, fazer as pazes com os meus livros, aproveitar o filhote, e, com toda a certeza, voltar a construir os meus castelos...
Polvilhar os meus sonhos com areia de mil cores, temperar a minha vida com hortelã pimenta, fazer do ócio o fiel companheiro, permitir-me não pensar em nada... esquecer legislações, políticas sociais desastrosas, esquecer obrigações, utentes, IP, até colegas... ou pelo menos algumas...
A música já toca, o carro está atestado... afinem-se as gargantas e...
É só uma semaninha, mas aproveitarei cada dia como se fosse o último...
Aqui, deixo a minha realidade... não vai azedar por isso, estou certa...
... mas volto... vou só ao Algarve um cadinho...
Boas Férias para mim!! E para quem mais estiver...
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Sonho Azul
Jorge Abrantes - Hammerfest - Noruega
Aurora Boreal
Fui encontrar-te perdido no meio do meu sonho azul
Estavas sentado olhando o rio que o atravessa
E as suas águas calmas, serenas, brilham como o Sol
Levam na corrente as palavras em jeito de promessa
Como que surpreso então por me veres olhando para ti
Ergueste a cabeça para mim e sorriste com emoção
As minhas mãos para ti, num abraço eu estendi
Quero que venhas de encontro ao meu coração
Juntos no meu sonho azul, abraçados fitando aquelas águas
Encontrámos o sentido das palavras escritas naquele rio
Não deixemos que a vida passe por nós sem dizer
Lutei, remei, rezei, busquei, tentei ... tudo para não cair no VAZIO ...
domingo, 10 de agosto de 2008
Coração de ouro
(...) Ninguém tinha levado uma flor sequer para a minha professora D. Cecília Paim. Devia ser porque ela era feia. Se ela não tivesse uma pintinha no olho, não era tão feia. Mas era a única que dava um tostão pra mim pra comprar sonho recheado no doceiro de vez em quando, quando chegava o recreio.
Comecei a reparar nas outras aulas e todos os copos sobre a mesa tinham flores. Só o copo da minha continuava vazio.
(...)
A escola. A flor. A flor. A escola...
Tudo ia muito bem quando Godofredo entrou na minha aula. Pediu licença e foi falar com D. Cecília Paim. Só sei que ele apontou pra flor no copo. Depois saiu. Ela olhou para mim com tristeza.
Quando terminou a aula me chamou.
- Quero falar uma coisa com você, Zézé. Espere um pouco.
(...)
- Godofredo me contou uma coisa muito feia de você, Zézé. É verdade?
(...)
- Da flor? É sim, senhora.
- Como é que você faz?
- Levanto mais cedo e passo no jardim da casa do Serginho. Quando o portão está só encostado, eu entro depressa e roubo uma flor. Mas lá tem tanta que não faz falta.
- Sim. mas isso não é direito. Você não deve fazer mais isso.
(...)
Só assim que eu podia, professora. Lá em casa não tem jardim. Flor custa dinheiro... E eu não queria que a mesa da senhora ficasse sempre de copo vazio.
Ela engoliu em seco.
- De vez em quando a senhora não me dá dinheiro para comprar um sonho recheado, não dá?...
- Poderia lhe dar todos os dias. Mas você some...
- Eu não podia aceitar todos os dias...
- Porquê?
- Porque tem outros meninos pobres que também não trazem merenda.
Ela tirou o lenço da bolsa e passou disfarçadamente nos olhos.
- A senhora não vê a Corujinha?
-Quem é a Corujinha?
- Aquela pretinha do meu tamanho que a mãe enrola o cabelo dela em coquinhos e amarra com cordão.
-Sei, a Dorotília.
- É sim senhora. A Dorotília é mais pobre do que eu e as outras meninas não gostam de brincar com ela porque é pretinha e pobre demais. Eu divido o sonho que a senhora me dá com ela.
Dessa vez ela ficou com o lenço parado no nariz muito tempo.
- A senhora de vez em quando, em vez de dar para mim, podia dar para ela. A mãe dela lava roupa e tem onze filhos. Todos pequenos ainda. Dindinha, minha avó, todo o sábado dá um pouco de feijão e de arroz para ajudar eles. E eu divido meu sonho porque mamãe ensinou que a gente deve dividir a pobreza da gente com quem é ainda mais pobre.
As lágrimas estavam descendo.
- Eu não queria fazer a senhora chorar. Eu prometo que não roubo mais flores e vou ser cada vez mais um aluno aplicado.
- Não é isso Zézé. Venha cá.
Pegou as minhas mãos entre as dela.
- Você vai prometer uma coisa, porque você tem um coração maravilhoso, Zézé.
- Eu prometo, mas não quero enganar a senhora. Eu não tenho um coração maravilhoso. A senhora diz isso porque não me conhece em casa.
- Não tem importância. Pra mim você tem. de agora em diante não quero que você me traga mais flores. Só se você ganhar alguma, você promete?
- Prometo, sim senhora. E o copo? Vai ficar sempre vazio?
- Nunca esse copo vai ficar vazio. Quando eu olhar para ele vou sempre enxergar a flor mais linda do mundo. E vou pensar: quem me deu essa flor foi o meu melhor aluno. Está bem?
Agora ela ria. Soltou minhas mãos e falou com doçura.
- Agora pode ir, coração de ouro...
in O Meu Pé de Laranja Lima, José Mauro de Vasconcelos
Sonhos doces podem ser também o querer acreditar que esta doçura, ternura e pureza podem existir sempre... e eu sou uma sonhadora!!!
E para quem está com dificuldade em chorar para libertar muito do que vai dentro de si... um bom conselho, este livro... chora-se da primeira à última página e repete-se vezes sem conta ao longo dos anos...
... eu diria... é de ler e chorar por mais... tanto ou mais, só mesmo vendo o filme "O campeão" - Minha nossa!!
Eu também vejo SEMPRE a minha flor... ela está lá...
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Colorir...
Hoje, a caneta preta habitual não me é de serventia... Parada, inútil por entre os meus dedos...
Olho, estática, a folha de papel, lisa e branca...
Sinto o cheiro do papel virgem onde me quero derramar, ao qual me quero entregar...
E a caneta parece só querer escrever saudade, escrever tristeza, escrever receios e medos, escrever dor...
Nego-lhe essa vontade e ponho a caneta de lado... hoje não vais ser a minha companheira... pegarei em ti novamente quando me transmitires Esperança, confiança, coragem...
Pego nos meus lápis de cor... com eles pinto as palavras mais tristes com as cores mais alegres.
A "lágrimas" pinto de rosa; a "dôr" pinto de vermelho; a "tristeza" pinto de azul; a "incerteza" pinto de laranja... reservo as restantes cores...
Desenho o meu sentir no papel ao som das letras coloridas...
Pinto a minha vida com as cores que tenho no coração...
Quero vestir a palavra "solidão" de verde, cor que tinha de reserva...
Quero transformar o negro do "medo" e o roxo da "ansiedade" no lilás, ou no alfazema e por eles deixar entrar a Luz, a tua...
Quero inventar uma cor nova para a "coragem"...
Tenho cor à minha volta... tenho música... e agora:
Quero beber o doce das tuas palavras e nunca me enjoar, e fazê-las eternas em mim, em nós...
Quero agarrar o teu sorriso na palma da minha mão...
Quero iluminar a minha vida com a tua Luz...
E dizer-te o quanto gosto-te e quanto apeteces-me enquanto... baixo as luzes...
Seguro os teus lábios nos meus... esses lábios...
Dispo-me de inibições... dispo-te...
Trocamos suores, sabores, cheiros ... misturamo-nos...
Ao sabor da nossa música e no compasso das nossas cores...
"Quem sabe isso quer dizer amor..."
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Caçador de mim
Por tanto amor, por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz, manso ou feroz
Eu, caçador de mim
Preso a canções
Entregue a paixões que nunca tiveram fim
Vou me encontrar longe do meu lugar
Eu, caçador de mim
Nada a temer
Senão o correr da luta
Nada a fazer
Senão esquecer o medo
Abrir o peito à força
Numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura
Longe se vai sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir o que me faz sentir
Eu, caçador de mim
Não percam a oportunidade de ouvir esta música cantada por Milton Nascimento. Procurei no youtube, mas apenas composições de imagens e não o Milton a cantar como eu gostaria... assim fica o registo de uma letra... especial.
Lembras? Eu tenho lembrado bastante, esta... e outras...
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Equilíbrio...
Já te disse que adoro a forma como me devolves ao equilíbrio naquelas alturas em que extravaso o limite do bom senso... Como me apaziguas comigo mesma, como me trazes à razão...
Todos os dias caminho na nossa direcção, todos os dias vou de encontro a nós. Espero-te e como sabe bem esperar-te.
Como é bom quando chegas e me acalmas a alma, como é bom ouvir a tua voz, sentir o teu calor... sentir o teu abraço do tamanho de um Mundo, a energia que ele me traz, o carinho...
Como é bom quando chegas e a tua energia é o que reacende a chama que se estava a apagar...
Como é bom saber que quando não estás, estás na mesma...
Como é bom saber que os meus receios e medos são partilhados por ti...
Como é bom saber que existes...
Como é bom existir...
... mesmo quando a espera me acentua a solidão, mesmo quando o silêncio se torna ensurdecedor, mesmo quando a ansiedade parece que nos sufoca...
... mesmo não te vendo, mesmo não te tendo, mesmo ...
Vivo-te! Invento-te e reinvento-me!
E Gosto-te!!... e estou aqui, SEMPRE!!
A porta está sempre aberta...
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Dou-me-te
domingo, 3 de agosto de 2008
terça-feira, 29 de julho de 2008
De pacanina...
... em Trás-os-Montes, acabada de chegar do Brasil, imunda como só as crianças sabem ficar... e um olhar que me parece meio perdido nesta foto... será? Não lembro...
Mas foi assim que senti hoje, ao olhar esta foto e ao olhar o espelho e a imagem nele reflectida...
Ingenuidade, genuinidade... será que há diferença no significado... penso que sim...
Será que alguma destas características, que tanto podem ser uma qualidade como um grave defeito, podem servir de justificação para os nossos erros, para a nossa insegurança, para a nossa impaciência, ou melhor ... ansiedade!? Penso que não...
E como viver e conviver com isto?
Porque é que um dia acordamos confiantes, de alma cheia, com vontade de viver a vida e o que de bom ela nos trás, naquilo que aceitamos como sendo o que nos faz felizes independentemente das circunstãncias - achamos que temos tudo na mão, mesmo que nada alcancemos, porque... "há palavras que nos beijam"... Vivemos intensamente e degustamos demoradamente estes momentos, apurando todos os sentidos ao máximo... só porque é assim, porque há amores assim, porque nos aceitamos assim, porque nos sentimos no céu... Vivemos de saudades do futuro, de esperança...
... e porque haverá outros em que, sem razão aparente ou aparentemente sem razão, tudo se desmorona, as certezas se esvaiem no espaço e no tempo e as incertezas se intensificam, a realidade é cruel e a tomada de consciência dói e fere de uma forma que nos tinhamos prometido não aconteceria... realizamos o lugar que ocupamos, o que na realidade representamos... aquilo a que nos votamos... e choramos desalmadamente e... aparentemente sem razão... e percebemos que não controlamos o futuro e a esperança esmorece, mas não morre... nunquinha!!
Depressão? Não tenho tempo nem vocação costumo dizer... mas o que não mata, mói... and I'm only human!!
Todas as nossas reacções, são condicionadas pela sensibilidade do momento, e estas, por sua vez, condicionadas por tudo o que nos envolve, somos fruto da sociedade em que vivemos, do meio em que estamos inseridos e é por tudo isso e que apesar de tudo... pretendo manter a minha ingenuidade e a minha genuinidade...
... sabem lá a que preço!
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De repente, vi-me menina, na Escola Primária - Ângulo Recto, na Amadora. Não era mais que um apartamento de 3 assoalhadas num prédio da principal Rua da Cidade. Uma sala de aulas e duas outras salas onde funcionavam os recreios, naquela altura, meninas de um lado, meninos de outro - o único ano em que tal me aconteceu, estavamos em 1981... Era já noite e eu era a última menina na escola, à porta, com uma "contina" (nem sei se é assim que se escreve), hoje temos o nome pomposo de auxiliares da acção educativa. A minha casa ficava pertinho, mas aquela rua imensa e cheia de trânsito parecia-me assustadora do alto dos meus 6 aninhos. As lágrimas assomavam-me aos olhos, será que se esqueceram de me vir buscar?? Poderá alguém perceber o drama vivido na altura, interiormente claro...
Como não podia mais esperar, e já não me lembro como a "contina" me deixou ir... saí da escola em direcção a casa. Empinei o meu nariz, como sempre nos momentos difíceis, e caminhei corajosa e decididamente rua a fora... Como estratégia, juntei os meus passos aos de outras pessoas apressadas por chegar a casa no final de mais um dia de trabalho, atravessei aquela estrada assustadora, na passadeira e junto a mais algumas pessoas. Por momentos apeteceu-me começar a correr sem parar, ou melhor, parar apenas em casa. nem olhei para a padaria dos meus bolos preferidos com as suas bancadas de mármore... cheguei a casa... sã e salva...
... afinal não se haviam esquecido de mim, apenas um malentendido entre a mãe e a avó que pensavam que uma e outra me iam buscar...
... afinal ainda gostavam de mim...
[perdoa se te faço mal...]
sábado, 26 de julho de 2008
Tempo...
Não é por falta de vontade ou tão pouco por falta de tema. Não é por não querer mais estar aqui, ou por estar desencantada com algo. Não é por estar de férias (porque nem estou) nem é por estar a trabalhar. Não é por nada... é só porque ...
Porque desde o acordar ao deitar parece que o tempo voa, porque o tempo que tenho de dedicar à minha presente realidade me absorve por completo. Porque me entrego sempre inteira àquilo que desejo, gosto, quero...
Porque a vida não para e acontece a cada minuto, e cada minuto é tão intenso como o incenso que aromatiza a minha nova existência... hoje, canela...
Porque quando penso que vou ter tempo de vir aqui ao meu cantinho tão cheio de mim, se atropelam as ideias e as conversas e aquilo que quero transmitir ou aquilo que quero esconder, ou aquilo que quero disfarçar nas palavras escritas mas que quero evidenciar no que sente quem lê... e a quem efectivamente se destinam...
Porque tudo tem acontecido tão em simultâneo que às vezes duvido de que eu tenha passado por certas coisas, ou elas apenas passaram por mim, qual furacão...
Porque quero falar de amor, de vida, de esperança, de desejo, de futuro, mas também quero falar de desencanto, de frustração, de trabalho, de vida, de existência, de alegria e de dor... de aceitação, resignação e de coragem...E tudo se baralha e tudo se confunde, como um sorriso sincero entre lágrimas de dor... antagonismos, realidades que só fazem sentido pela existência dos contraditórios...
Porque quero falar de Amizade, porque sinto saudades dos meus Amigos, tantas...
Porque quero falar de Angola, porque quero sentir Angola, cheirar Angola e viver Angola... e nasce um nó na garganta que preciso desfazer...
Porque quero falar das incertezas, da solidão e dos receios que me assaltam e que combato com o meu sorriso e o meu nariz empinado e muito também... com o teu sorriso, com a tua confiança e amizade...
Porque quero falar do meu bem mais precioso e pacanino e como é bom partilhá-lo com quem me gosta...
Quero falar de tanta coisa ...
... mas agora... não tenho tempo...
...voltarei...
sábado, 19 de julho de 2008
Vida nova...
... começa aqui e agora!!
Hoje escrevo de um sítio que posso considerar meu, há muito tempo que não sentia algo como meu, como sinto hoje!!
Hoje, nada acaba... tudo começa...
Hoje estou cansada, mas felizmente cansada... não da alma, como vem sendo hábito... mas cansada fisicamente e com a alma leve como uma pena...
Daqui de onde me encontro vejo o futuro... e ele sorri...
E como gosto de vos ter, Amigos, comigo juntinhos, nesta minha caminhada rumo à Felicidade...
Obrigada!
E a TI... obrigada por acreditares em mim, por me gostares, por fazeres parte... Eu Gosto-te!
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Nós
Não "Nós", mas nós que se nos dão sem nos apercebermos, que baralham tudo e que custam a desfazer... sufocam, oprimem... trazem angústias, medos, fobias, pânicos, ataques de choro...
... "Nós" ... trazem sorrisos, lágrimas boas, prazer, esperança, alegria... Felicidade...
Uns e outros coexistem ora em cumplicidade ora em conflito dentro de mim...
Adoro-nos, mas detesto nós!
terça-feira, 8 de julho de 2008
Aparências...
As coisas mais bonitas podem surgir nas condições mais adversas...
... como estas flores nasceram num lugar aparentemente inóspito, como seja a muralha do Forte de S. Filipe, em Setúbal... Como eu costumo dizer, as aludências aparudem, ou seja ... as aparências iludem :D
Como tal... a Esperança é a última a morrer e...
"...há dias que marcam a alma e a vida da gente..." Mariza in Chuva
Hoje é mais um "primeiro dia do resto da minha vida!!" Sérgio Godinho in o primeiro dia
... P'ra semana há mais :D
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Só porque...
Eu fui devagarinho, com medo de falhar
nao fosse esse o caminho certo para te encontrar
fui descobrindo devagar cada sorriso teu
fui aprendendo a procurar por entre sonhos meus
Eu fui assim chegando, sem entender porquê
já foram tantas vezes, tantas assim como esta vez
mas é mais fundo o teu olhar, mais do que eu sei dizer
é um abrigo para voltar,ou um mar pra me perder
Lá fora, o vento, nem sempre sabe a liberdade
a gente finge mas sabe o que nao é verdade
foge ao vazio, enquanto brinda, dança e salta
eu trago-te comigo e sinto tanto tanto a tua falta
Eu fui entrando pouco a pouco, abri a porta e vi
que havia lume aceso e um lugar pra mim
quase me assusta descobrir que foi este sabor
que a vida inteira procurei entre a paixao e a dor
Lá fora, o vento, nem sempre sabe a liberdade
gente perdida balança entre o sonho e a verdade
foge ao vazio, enquanto brinda, dança e salta
eu trago-te comigo, e sinto tanto tanto a tua falta
Lá fora, o vento, nem sempre sabe a liberdade
gente perdida balança entre o sonho e a verdade
foge ao vazio, enquanto bebe, dança e ri
eu trago-te comigo
e guardo este abraço só pra ti !
Gente Perdida - Mafalda Veiga
terça-feira, 1 de julho de 2008
Amigos do Huambo
Caldas da Raínha pois claro!
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Eu tenho um Moleskine!!
Claro que o mais desatento dos visitantes e amigos poderá olhar a foto e pensar: Dahhh, um caderninho preto, porquê tanto entusiasmo!?
Um caderninho preto???? Um caderninho preto NÃO! Um Moleskine :D
Pois este Moleskine foi-me oferecido no 33º aniversário pela prima Daniela e respectivo apêndice (ooopsss, Hugo... brincadeirinha :D)
Tem estado guardado à espera de melhores dias, que, para aviso, estão quase quase a chegar!!
Para quem, como eu, tem paixão pela escrita, seja de que forma fôr, ter um Moleskine para poder nele derramar os seus pensamentos, é algo de inexplicável, o mesmo deverá acontecer com quem tem paixão por desenhar, mas aí tô fora, não só não tenho paixão como jeito absolutamente algum!
Claro, um Moleskine não ensina nem a escrever nem a desenhar, mas provavelmente inspira quem tem algum jeitinho para tal...
E não há o que chegue perto da sensação de escrever no papel, de sentir o cheiro... enfim, coisas que o PC não nos oferece e que eu, particularmente não dispenso!
Cada caderninho destes traz um folheto com uma breve história acerca de como surgiram e de como ressurgiram... Interessante, digo eu e por isso aqui fica:
The history of a legendary notebook
Moleskine is the legendary notebook used by European artists and thinkers for the past two centuries, from Van Gogh to Picasso, from Ernest Hemingway to Bruce Chatwin. This trusty, pocket-size travel companion held sketches, notes, stories and ideas before they were turned into famous images or pages of beloved books.
Originally produced by small french bookbinders who supplied the Parisian stationery shops frequented by the international avant-garde, by the end of the twentieth century the Moleskine notebook was no longer available. In 1986, the last manufacturer of Moleskine, a family operation in Tours, closed its shutters forever. "Le vrais Moleskine n'est plus" were the lapidary words of the owner of the stationery shop in Rue de L'Ancienne Comédie where Chatwin stocked up on the notebooks. The English writer had ordered a hundred of them before leaving for Australia: he bought up all the Moleskine that he could find, but they were not enough.
In 1998, a small Milanese publisher brought Moleskine back again. As the self-effacing keeper of an extraordinary tradition, Moleskine once again began to travel the globe. to capture reality on the move, pin down details, impress upon papper unique aspects of experience: Moleskine is a reservoir of ideas and feelings, a battery that stores discoveries and perceptions, and whose energy can be tapped over time.
The legendary black notebook is once again being passed from one pocket to the next; with it's various different page styles it accompanies the creative professions and the imagination of our time. The adventure of Moleskine continues, and its still-blank pages will tell the rest.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Fernando Pessoa
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Nenhum Olhar
Aí está mais um livro terminado! Este, por vários motivos, levou mais um tempinho do que o habitual.
Um livro, para mim, de leitura algo complicada mas no entanto envolvente. A certa altura a fazer lembrar Saramago por nos deixar sem fôlego na ânsia de chegar ao fim de uma ideia...
Um livro triste, uma história diferente, um livro diferente e um autor a considerar. A requerer muita atenção para não nos perdermos na confusão de narradores e de personagens... com a Planície Alentejana como pano de fundo, sob um Sol abrasador e... nenhum Olhar...
Obrigada Fernando Lusbelo e Gina pela oferta e como diz no autógrafo do autor:
"(...) páginas de homens e mulheres da terra, de anjos e demónios do Céu. (...)"
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Sentir
Não sei há quanto tempo foi
Há quanto tempo é que eu senti
E sentindo tanto e tão forte
Conforme o senti, o escrevi
Mas desde que tudo mudou
Tentei mudar meu sentir
E na forma do meu escrever
Encontrar maneira de não fugir
Mas fingir também não é opção
Não sentir é coisa que não se põe
Não escrever mata o meu coração
Não te ver ... mais do que se supõe
Os dias passam e a nostalgia toma conta
A saudade aperta o coração que sofre
O coração chora, e dos olhos a água brota
E o que vivemos, a razão encerra num cofre
Oh razão ... diz à alma que não sofra
Que a vida está toda aí para ser vivida
Faz com que ela te oiça com atenção
E que possa sair da situação sem ser ferida
sexta-feira, 20 de junho de 2008
quinta-feira, 19 de junho de 2008
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Pergunto-me!
terça-feira, 17 de junho de 2008
Tic-Tac
Ouço o relógio e cada segundo...
TIC-TAC TIC-TAC TIC-TAC
Os segundos se tornam minutos
Os minutos, invariavelmente, horas...
Há quanto tempo aqui estarei ???!!!
TIC-TAC TIC-TAC TIC-TAC
Perdi-me ... Não sei...
Olhei... busquei... procurei...
TIC-TAC TIC-TAC... não encontrei!
Sinto que o tempo me foge
TIC TAC TIC TAC TIC-TAC
Queria ser intemporal...
Assim o tempo seria para mim
Uma espera apenas normal...
Que dizer? Que fazer?
TIC-TAC TIC-TAC TIC-TAC
A razão é a dona da verdade
Eu, nada sou... apenas coração
E o tempo não está do meu lado
Não me pode dar a mão...
Razão VS Coração... a eterna dupla
Qual das duas a mais certa???!!!
Quem somos nós para julgar?
Deixemos a porta aberta, o tempo passar
TIC-TAC TIC-TAC TIC
Um tempo que não se cansa de esperar!
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Férias
Pois é!
Férias, assim como as entendo, deveriam ser muito mais do que apenas o não ir trabalhar. Já não digo, com a crise que aí vai, viajar, ir para fora, mas pelo menos ter descanso. Descansar o corpo e a mente...
Vejo-me até, como na foto, esticada numa rede num Monte Alentejano, o Alentejo que tanto gosto... pensar em nada, estar comigo, ler e ler e ler... dormir e passear à vontade, ir ao litoral que amo... chegar bem cedinho ao Carvalhal, praia deserta... que mar... outro dia chegar a Porto Covo... mar, mar e mar... Paz!
But...
Fica para a próxima!!
Resta-me o consolo de que estas férias servirão para organizar, empacotar, arrumar... a minha vida! Uma nova está a começar e tem de começar cheia de energia, cheia de sorrisos, cheia de vontade!!
Siga a marinha!! :D
Ahh!! Já me esquecia... apesar de começarem hoje as férias... Não! Não vou ao Sto. António... :S
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Imaginação?
É tudo fruto da minha imaginação
Todas as palavras que escutei não as falaste
Todos os carinhos que senti não foram por ti dados
Cada tremer do meu corpo ... tu não vibraste
Na minha imaginação vejo-te, sinto-te
Escuto o que me não dizes ... não há segredos
Somos livres e ao amor nos entregamos
Com Paixão, sem culpas e sem medos
Na minha imaginação o Mundo pára!
Fica apenas uma música de fundo ...
E nós, frente a frente tremendo de emoção
Nos entregamos ao amor puro e profundo!
Se tudo acabasse na minha imaginação,
Não haveria o sofrimento das ausências
Não haveria a incerteza do passo a dar
Apenas a Felicidade e o perpetuar de inocências.
[20061108]
terça-feira, 10 de junho de 2008
Encontro íntimo
Marquei aqui um encontro comigo
Cheguei a horas mas ainda não estava
Começa mal esta nossa questão
Chegar tarde não é coisa que se faça
Quero olhar-me olhos nos olhos
Dizer-me tudo aquilo que penso
Quero depois ver a minha reacção
Sem dúvida que aqui eu pertenço
Mas que lágrimas são estas nos meus olhos?
Porque tremo assim sem razão?
Digo-me a mim própria não vale a pena
Sinto as batidas do meu coração
Acalmo-me, respiro fundo
Ainda bem que aqui eu me encontrei
Já sei que um dia que eu desapareça
Para estar aqui eu tudo farei!
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Dreaming
How can I tell my dreams it's time to wake up
How can I keep my thoughts from running wild
How can I stop my heart from beating so fast
Every time I feel your presence so smooth and mild
Each time I close my eyes and take a deep breath
Each time I think of the words you've spoken
I can't help wondering where you are now
And if you feel like you've got your heartbroken
But then, as I feel I'm going down in sorrow
I tell myself I must be patient and strong
I've got to give it time, it'll be better tomorrow
There's no way our Love should be wrong
And the distance, that tears me in pieces
That kills me each day a bit
Will be the same distance that ... someday
Will bring you near to me ...
Let me keep dreaming ...
[20061105]