sábado, 24 de março de 2007

Antropologia ISCSP


Pois é!! Algo mais que talvez não sabem e de que, sinceramente, também não me orgulho muito ...
Não gosto de deixar nada a meio, ou mais que meio, simplesmente pelo caminho. Mas a realidade é só uma e foi o que aconteceu.
Natacha estudante! A própria na foto, no dia da benção das fitas no Mosteiro dos Jerónimos. Nesta altura ainda não tinha desistido [como detesto dizer esta palavra :( ]
Entrei no ISCSP, Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas em 1994, meu Deus já lá vão 13 anos! Na altura, ainda estou para descobrir se é verdade ou não, mas um 12 equivaleria a um 14 em qualquer outra Universidade. Facto é que a exigência era elevado, o que me parece muito bem. Ter um 12 equivalia a passar, entre 10 e 12 exame oral e menos de 10 directo para exame final, sem hipótese de oral! Naquela altura a Universidade ministrava 5 cursos. Além de Antropologia havia Relações Internacionais, Comunicação Social, Política Social, Gestão e Administração Pública e Sociologia do Trabalho. Agora enso que já exista também o curso de Ciência Política.
Dois primeiros anos do chamado tronco comum, ou seja, para todos os cursos as mesmas disciplinas, quanto a mim um erro crasso, ao que parece já assim não é! A partir do 3º ano é que as coisas começavam a ficar mais interessantes, este foi de facto o ano que mais me entusiasmou! Terminado o terceiro ano para trás ficaram 4 cadeiras por fazer, tudo bem, é preciso é calma. Chegada ao 4º ano, sendo que já tinha optado pelo ramo de Gestão do Património e Acção Cultural, foi necessário escolher um tema para Seminário de Investigação. O regente da cadeira Professor D.M., ausente no Estrangeiro foi informado pela sua assistente, telefónicamente da intenção, minha e de outra colega, aproveitarmos um Protocolo existente entre o Campo Arqueológico de Mértola e o Instituto, no sentido de fazermos o nosso Seminárioacerca de um Estudo de uma necrópole paleocristã. O aval foi dado também telefónicamente.
Tudo se organizou com o CAM, e por nossa conta eu e a minha colega a AC partimos rumo a Mértola, pleno Verão de 40º à sombra. Lá ficámos 1 mês e meio, vindo a casa aos fins de semana às vezes. Alugamos um quarto e fizemos a primeira parte do estudo. Em Setembro, quando chegou a hora de apresentar o esboço do Seminário ao regente da cadeira, o mesmo dá o dito pelo não dito e diz que temos que fazer o Seminário sobre outra coisa pois não aceita aquele estudo!
Depois de muitas conversas, discussões e tentativas, ele não cedeu e ele é que era o coordenador de Seminário, nada podíamos fazer. Foi uma frustração enorme e uma injustiça tremenda que me desmotivou a continuar o curso. Eu sei, só eu é que perdi, mas este feitiozinho que eu tenho ... :(
A minha colega acabou por fazer o que ele queria e enveredou pelas minorias étnicas, que era a especialidade dele ... ficou encantado e a esta hora já o estudo dela deve estar a servir para ele escrever algumas dissertações, como se fosse dele, pois é o que acontece na maioria das vezes. Tanto que os nossos trabalhos, feitos por nós, quando entregues e depois de atribuída a nota, ficam para a Universidade ...
Ah pois é!!
Quem sabe um dia volto para terminar o curso!!?? Fica em aberto ...
E como hoje é Domingo ... já chega, né!?


Campo Arqueológico de Mértola 1997


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1 comentário:

Anónimo disse...

Perder? Ganhar? duas faces da mesma moeda.Perde-se ganhando e ganha-se perdendo.

Só se ganha verdadeiramente quando se renasce todas as manhãs esquecendo em cada dia o anterior, enfrentando sempre o dia que nasce com a mesma apetência e espanto de uma primeira vez...