Lembro-me de quando andava na Escola Primária, início dos anos 80, estes dias eram sempre especiais, pois nos dedicávamos a fazer um postal e a escrever umas palavrinhas ao nosso Pai. Essas palavras eram invariavelmente palavras de carinho, amor e amizade.
Se é verdade que eu as escrevi vezes sem conta, também é verdade que não me lembro de ter passado um dia do Pai junto ao meu próprio!
Sim, tenho Pai, graças a Deus, mas na minha infância tenho poucas recordações dele, pois por motivo de ausência do país na tentativa de proporcionar à família um pouco de bem estar, foi necessariamente um pai ausente. Inadaptado, com o bichinho de África na pele, embora transmontano de nascença, da minha lembrança ficam as estadas dele na RSA e mais tarde em Angola.
Se é um facto que na altura, na minha pureza de criança o Pai era quase um estranho e que não existia a confiança pai/filhos natural, que havia uma dificuldade de comunicação, até um certo receio da figura Pai, também é um facto que hoje já estou em condições de dizer Obrigada Pai por se ter sacrificado em nosso favor. Pode parecer que muitas vezes eu própria não reconheça isso, e pense apenas que o fez por egoísmo ... mas penso ter agora o distanciamento suficiente para dizer que: Não sei se alguma vez poderei retribuir, se não fomos mais além, eu e o meu irmão, não foi por falta de suporte e apoio.
Feliz dia do Pai! Que o é TODOS os dias!
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segunda-feira, 19 de março de 2007
Dia do PAI
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