[BLOG ENCERRADO]
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
FELIZ 2008!
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Curiosidades, ou talvez não!!
domingo, 23 de dezembro de 2007
É NATAL!
Serve este post para desejar a todos os Amigos, conhecidos e visitantes deste Blog, um Feliz Natal, e agradecer por me fazerem companhia, por me escutarem, por me darem ânimo, por me repreenderem quando assim o entendem. Também vocês ajudam na "construção" daquilo que sou "EU" ... OBRIGADA, de coração....
Mas, mais...
Este post serve também para um agradecimento muito especial, e não obstante a subversão que se vem assistindo, eu ainda acredito que é ao menino Jesus que devo os meus agradecimentos e que o Pai Natal nada tem a ver com isto. Não é ainda neste post que farei o balanço do que foi este ano, mas muito resumidamente uma palavra, sim, ao menino Jesus...
Obrigada por um Natal com Amor, Obrigada por um Natal com o meu filhote que é quem mais amo, Obrigada por um Natal especial... Por me ter sido dada a oportunidade de ser Feliz, mesmo que circunstancialmente, saber que existo...
O meu menino Jesus... é grande... ENORME!
"(...)pagaria o que fosse.... se o amor tivesse preço, se o amor tivesse preço(...)"
Fernando Girão - Nas flores pintei o teu nome
Para Ti especialmente... Obrigada por existires!
FELIZ NATAL!!
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Quase Perfeito...
Segunda, terça, quarta ... quinta é já amanhã...
domingo, 9 de dezembro de 2007
Domingo - Trabalhos Manuais
Este Domingo foi dedicado a trabalhos manuais, mais TPC, pois fui incumbida pelo Colégio do Tomás, eu e todos os pais, a fazer algo alusivo ao Natal para a exposição a ocorrer no dia 15, dia da festa. Como a minha imaginação não é, para estas coisas, muita, lembrei-me de uns anjinhos que a minha mãe costumava fazer quando eu era pacanina. Pedi-lhe os moldes e pus mãos à obra. Bom, de facto, fiz os recortes e as colagens apliquei as fitas, mas em relação à cabeça do anjinho, confesso, tive de recorrer à avó, ou seja, à minha mãe ;) . É que isto de furar um ovo, pôr-lhe cabelo e desenhar-lhe algo parecido com uma cara já era areia demais para a minha camioneta :D Devo dizer que este não é um anjo qualquer, este é um anjo muito sofisticado que utiliza até, pasme-se, base Christian Dior. É que aconteceu um pequeno precalço e o anjinho viu-se todo borratado ... teve de ser lixado, com lixa mesmo, e depois refazer a maquilhagem :D Foi uma aventura mas...
Este é o aspecto final do anjinho para a exposição do rapaz!
Como não podia deixar de ser, e depois de um sábado inteiro a ouvir buzinar aos ouvidos que tinhamos de fazer a árvore de Natal, hoje não tinha escapatória possível! Chegada a casa, lá fui buscar todos o adereços e mais alguns para começar a montagem da dita. A foto não ilustra o tamanho da árvore, mas quase que toca o tecto e é bastante frondosa e espaçosa ;) Parece, na foto, que lhe falta côr, mas é devido à luminosidade, não consegui melhor.
Depois da árvore pronta ficou a faltar o presépio. O burro coitado, viu-se sem orelha e teve de ir ao hospital. O que vale é que a cola ainda estava ali à mão ... Pois!! É simples e muito menos bonito do que os que recordo da minha infância, neles utilizávamos areia, musgo, papel prata para fazer os rios, etc...
Mas é o nosso presépio :)
sábado, 8 de dezembro de 2007
Sábado - 20071201
Será que vou conseguir o impossível?
Convidada que fui para almoçar com uns queridos amigos, os donos da casa e mais um casal, eis que o meu espírito logo se iluminou. Dada a localização do almoço, a oportunidade de ir conhecer um amigo blogger tornou tudo ainda melhor...
Do longe se faz perto e é assim que pertinho das 10 da manhã, depois de passar no Hiper para comprar umas lembrancinhas e uma sobremesa, uma vez que não houve tempo para fazer o meu delicioso - espantem-se - "Estrume de vaca" - aí vai a Natacha, como gosta...
Sózinha, música alta, velocidade alta, a cantar a plenos pulmões ... Que sorte não ter companhia e poder cantar :) Assim não se ferem tímpanos :D
Verdade é que não existem provas da minha viagem A8 acima, a não ser que os radares tenham captado alguma, e eu, sinceramente espero que não :O
Do almoço também não publico imagens para não deixar os ilustres visitantes e participantes de água na boca. Tenho de agradecer aos meus anfitriões, Fernando e Gina a disponibilidade para me proporcionarem um almoço de dieta enquanto eles se batiam com um belo de um bacalhau qualquer coisa, tipo espiritual - como eu até que nem gosto, não foi mau :)
Depois do almoço um cafézinho e uma conversa amena. Estar novamente com a minha mana crescida Graça e o seu marido Florindo foi muito bom, a última vez havia sido no Parque das Nações, e ainda se andava de manga curta!!
De seguida uma visita a um local quase mágico, mesmo com a chuva que aqui e ali nos fez companhia, mas nós não desarmamos - seguimos confiantes! Agora fiquei na dúvida acerca do nome do sítio, mas penso que seja Quinta dos Lóridos e é, nem mais nem menos, o local onde José Berardo está a construir o maior Parque Oriental da Europa.
De facto, e apesar de ainda estar em construção, ali se pode ouvir o silêncio - e se podem sentir imensos cheiros que eu chamaria de silvestres - muito bom, uma sensação muito boa numa companhia melhor ainda!
Como se aproximava a hora combinada com o amigo blogger, e até às Caldas da Rainha ainda seriam cerca de 18 a 20 Kms, fiz-me ao caminho - e que sorte - tive a estrada nacional quase por minha conta, agora já chovia de facto, a música continuava bem alta e acho, mas não tenho a certeza, que vi umas placas limitadoras de velocidade ... será?? ;)
Cheguei ao Parque das Caldas às 17H, hora combinada e foi só esperar um cadinho para chegar o meu amigo!! Quem vive esta realidade, de ser blogger, sabe bem do que estou a falar se eu disser que é uma alegria imensa este encontro.
É bom sentir que as amizades e as empatias geradas se efectivam e se reforçam com o conhecimento real, e que as expectativas são preenchidas e até superadas. obrigada Lampejo, pela tua disponibilidade, tiveste que fazer mais Kms que eu, gostei muito de te conhecer e vamo-nos encontrar mais vezes ... for sure!!
19H, noite cerrada, está na hora de deixar uma conversa muito agradável, muitas partilhas, e a certeza duma amizade a manter e para durar! Aí vai ela, de volta à A8, que até nem é uma via nada perigosa :O, de noite, com chuva, algum trânsito, música alta e a cantar a plenos pulmões de alma e coração cheios!! Hora e meia e estava em casa ...
Venham os próximos encontros!
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Poema Matemático
Às folhas tantas do livro de matemática, um quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a, do ápice à base.
Uma figura ímpar. Olhos rombóides, boca trapezóide, corpo ortogonal, seios esferóides.
Fez da sua uma vida paralela a dela até que se encontraram no infinito.
"Quem és tu?" - indagou ele com ânsia radical.
"Eu sou a soma dos quadrados dos catetos, mas pode me chamar de hipotenusa".
E de falarem descobriram que eram o que, em aritmética, corresponde a almas irmãs, primos entre-si.
E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz numa sexta potenciação traçando ao sabor do momento e da paixão: retas, curvas, círculos e linhas senoidais.
Nos jardins da quarta dimensão, escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas e os exegetas do universo finito.
Romperam convenções Newtonianas e Pitagóricas e, enfim, resolveram se casar, constituir um lar, mais que um lar, uma perpendicular.
Convidaram os padrinhos: o poliedro e a bissetriz, e fizeram os planos, equações e diagramas para o futuro, sonhando com uma felicidade integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos e foram felizes até aquele dia em que tudo, afinal, vira monotonia.
Foi então que surgiu o máximo divisor comum, freqüentador de círculos concêntricos viciosos, ofereceu-lhe, a ela, uma grandeza absoluta e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, quociente percebeu, que com ela não formava mais um todo, uma unidade.
Era o triângulo tanto chamado amoroso desse problema, ele era a fração mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a relatividade e tudo que era espúrio passou a ser moralidade, como, aliás, em qualquer Sociedade ..."
Millor Fernandes
sábado, 24 de novembro de 2007
I have a... DREAM!
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Carta ao Sol...
Hoje deixaste-me só, perdida em pensamentos mil, imaginando o que teria acontecido para não me brindares com a tua energia. Foi alguma coisa que eu fiz?
Ainda ontem sentia o teu calor percorrer o meu corpo num arrepio de prazer, e sorria por existires, por estares comigo.
Eu sei que tens mais por onde brilhar e que outros também necessitam de te sentir, mas precisava de ser assim? Tão repentinamente!?
Acordei hoje numa manhã que não reconheci... cinzenta. Como cinzento veio a ser o meu dia, muito pela tua ausência. Que manhã triste sem ti!
Quando olhei pela janela já chovia. Nada muito forte, mas molhado e frio. Está frio, facto! Está a chover, facto! E como se não bastasse ei-lo que surge ... o vento!!
Saí para o trabalho, e pela primeira vez este Outono senti frio, o vento que me batia na face e parecia querer entrar em todo o meu corpo e tomar conta de mim. Segui firme e decidida a não me deixar vencer pelo cinzentismo do dia, um café ajudou.
Entrei no meu local de trabalho, que nestes dias ainda se torna mais insuportável. Um ambiente horrível, abri a porta, sorri para as colegas e disse: "boa tarde", mesmo sabendo que isso não seria possível.
Na hora do lanche fui espreitar e nada de notícias tuas. Fiquei triste!
Quando saí do trabalho, pouco passava das 20H, fui recebida por algum vento e chuva torrencial! Caminhando em direcção ao carro senti o clarão de um enorme relâmpago, todo o Céu se iluminou e passado pouco tempo a trovoada fez-se sentir.
Foi com este espectáculo que fui acompanhada até casa onde, não obstante o chapéu de chuva, cheguei algo molhada ...
Gosto de ti Sol, sinto a tua falta e a tua energia, but...
Se neste dia me tivessem dado:
... uma casa na praia.
... uma lareira.
... um vinho do porto.
... uma música a tocar.
... e a companhia desejada.
Imagino que seria um dia muito agradável...
Como não me deram... volta Sol, estás perdoado...
terça-feira, 13 de novembro de 2007
A noite chegou ...
... e com ela a calma crescente de mais um dia de trabalho chegado ao fim ...
A mente orienta o pensamento para ti, novamente. Tu existes!
Olho à minha volta ... sinto ainda o teu cheiro ...
No cinzeiro a limpeza dos cigarros que não fumaste, no copo o vazio do whisky que não bebeste ...
Ainda oiço os pingos que caem do chuveiro, daquele duche que acabaste de não tomar ...
Lá fora, a Lua alta testemunha a lágrima que rola da minha face ... por tudo aquilo que escrevi, mas não vivi ...
E sózinha, mais uma vez ... vou-me deitar!
Vou dormir o sonho de não acordar e te ter perto de mim ...
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Avós...
Hoje apetece-me falar de avós. Já aqui falei muito particularmente da minha avó paterna que foi a que sempre esteve mais próxima de nós (geográficamente falando). Mas os outros 3 também são, para mim, muito importantes, sendo que dois deles, os avôs, já faleceram.
O motivo que me leva hoje a falar dos avós não é de facto o mais feliz. Tenho a minha avó Maria (quem não tem uma avó Maria?), avó materna, e que neste momento se encontra na casa dos meus pais, com uma infecção respiratória :( ... Ora, se pensarmos que a jovem tem 84 anos ... não é animador. Por outro lado ela é uma mulher de força e coragem e por isso, vamos acreditar! Mas vamos lá falar um pouquinho de avós.
O meu avô Daniel, avô paterno.
Eu não conheci o meu avô Daniel, embora ele me tenha conhecido, a ele devo o facto de ter nascido em Angola, pois foi ele que partiu de Trás-os-Montes no início dos anos 50. Foi trabalhar para a construção, mas com o passar dos anos virou camionista e percorreu aquela terra com os seus camiões. O meu avô está sepultado no Huambo/Angola, no cemitério do Bairro S. Pedro. faleceu quando eu tinha 2 meses. Conta a minha avó que ele brincava comigo e dizia "Olha a lêndea o que tem os olhos de arregalados" ...
Um dia, em Junho de 1975, depois de assistir a um jogo de futebol do Recreativo da Cáala, clube do qual era sócio, foi atropelado por uma motorizada, tendo batido com a cabeça no chão, veio a falecer no Hospital Central... 42 anos de idade. Tenho num sentimento especial por este avô que não conheci! Um dia vou colocar uma flor na sua campa ...
O meu avô Arlindo, avô materno.
Como eu gostava do meu avô! Como gostava em pequena de o ir ajudar na Praça, onde ele vendia frutas, hortaliças, ovos e afins. Carregar e descarregar a carrinha, atender os clientes e mais ... ele até me deixava fazer os trocos e pesar, sempre comigo debaixo de olho ... Por vezes até chegava a ir com ele às hortas e apanhar a mercadoria directamente ... eu adorava aquilo... andava na primária, mas sempre que podia lá ia eu com ele, a cantar, sempre a cantar eu...
E depois, quando iamos à terra, iamos plantar batatas, iamos cavar, apanhar ... tanta coisa que eu gostava. Este contacto com a terra e o trabalho. Acho que já vem daí o meu gosto pelo trabalho, ser útil, ver alguma coisa a acontecer pela nossa mão ... e o meu gosto pela natureza, o contacto, não só com a terra, mas também com os animais ... Bons tempos. Depois de ter visto uma perna amputada, nunca mais foi o mesmo. Não estava habituado a uma vida sedentária, deixou de poder cuidar da sua fazenda, da sua vinha, perdeu alegria ... faleceu com 84 anos.
A minha avó Leopoldina, avó paterna.
A minha avó tem 86 anos. às vezes até me esqueço porque ela está impecável. Claro que as forças já não são as mesmas, e, para além de um problema no olho que foi tratado no IPO de Lisboa, onde ainda é consultada, graças a Deus a saúde tem-na preservado. Esta foi avó que vivia conosco e depois teve que ir ajudar a minha tia, passando a viver com ela, andava eu também na primária. Devido a tamanha proximidade, esta também foi a avó com quem tive mais conflitos, mas também mais cumplicidade ... sem dúvida!
Ainda hoje vive com a minha tia.
A minha avó Maria, avó materna.
A razão da minha actual preocupação. A minha avó Maria tem 84 anos, como já disse. Desde que o meu avô faleceu, em 2001, quis sempre ficar na sua casa na terra. Mas há medida que os anos avançam lá se foi convencendo em passar algumas temporadas na casa das filhas e/ou netos. Tinha estado no Norte em casa da filha mais velha, mas sempre regressa à terra por altura dos finados. Essa é a altura em que a minha mãe a vai buscar para ela depois vir para aqui e passar o Natal. Desta vez a minha mãe não a encontrou de muito boa saúde. Apanhou gripe, não foi ao médico e o resultado foi este. Infecção respiratória... vamos aguardar e ter esperança. Está medicada, acompanhada e, sobretudo, é uma mulher de força!
Como gosto de todos os meus avós!! Obrigada SEMPRE por tudo!
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Bandas Sonoras
Obrigada grande Jorge Palma...
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Apontamentos - Tomás
Mãmã ...
Sim filho já vou ...
(de notar que enquanto eu não chego ele não pára de chamar mesmo que eu vá respondendo)
Quero fazer xixi!
Vamos então ...
Até aqui tudo normal, mas lindo lindo foi vê-lo, sentadinho na sanita com o ar mais sofredor do mundo, fazendo beicinho e choramingando:
- Mãmã ... porquê tenho que dormir todas as noites??
Risos, muitos risos, apesar de serem 3 da manhã :)
Esta foi bem mais fácil que a da água molhada :D ... que por enquanto não voltou a lembrar-se :)
São momentos destes ... que me fazem sorrir...
... pronto, tá bem ... há outros sim ... tem havido... :)
Obrigada a todos quantos me proporcionam sorrisos!
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Amigo Aprendiz
Quero ser teu amigo
Nem demais e nem de menos
Nem tão longe e nem tão perto
Na medida mais precisa que eu souber
Mas amar-te como próximo,
sem medida,
E ficar sempre em tua vida
Da maneira mais discreta que eu souber
Sem tirar-te a liberdade
Sem jamais te sufocar
Sem forçar a tua vontade
Sem falar quando for a hora de calar
E sem calar quando for a hora de falar
Nem ausente nem presente demais
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo,
Mas confesso,
É tão difícil de aprender,
Por isso eu te peço paciência
Vou encher este teu rosto
De alegrias, lembranças!
Dá-me tempo para acertar nossas distâncias.
Fernando Pessoa
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Guerra e Música ... coisas que marcam
Era ontem...
Era ontem que eu queria aqui ter voltado. Apesar de eu não utilizar muito este Blog para falar de questões do Mundo, sempre que estas dizem directamente algo ao meu sentir, procuro referenciar. Aliado às minhas memórias mais longínquas também está este Homem e esta música...
Fez ontem 25 anos que morreu Adriano Correia de Oliveira, com 40 anos. Não farei aqui a sua Biografia, isso farão muito melhor os jornalistas ou estudiosos destas matérias, e recuso-me também a fazer um copy/paste de algo que alguém escreveu.
O que eu recordo:
Teria uns 5/6 anos, já na Amadora, naquele "magnifíco" apartamento de duas assoalhadas na Rua principal, Elias Garcia nº 77 1º Fte, bem pertinho da Sociedade Filarmónica Recreio Artístico da Amadora... onde dividi com o meu irmão, 4 anos mais velho, uma sala que era um quarto e onde ficámos até 1989, eu com 14, ele com 18...
Bem, mas voltando ao assunto que já estou a divagar...
Uma das coisas que eu adorava era refugiar-me no quarto dos meus pais e ouvir no rádio-cassete de mesinha de cabeceira o programa "Quando o telefone toca" e depois repetir a frase com o ouvinte que ligava... penso que era a Rádio Comercial, mas não tenho a certeza...
E era aqui que tocava bastante Adriano Correia de Oliveira e "A trova do vento que passa". Longe das questões políticas, ainda hoje, aquela música deixava-me de lágrima no olho, algo me dizia que aquilo tinha um pouco a ver com a minha/nossa história.
"Pergunto ao vento que passa/notícias do meu país/e o vento cala a desgraça/o vento nada me diz"
Por isso, por isto, pelo que me fez/faz sentir ainda hoje, aqui a minha homenagem a este Homem.
Outra das músicas que não só me deixavam de lágrima no olho, mas sim com elas a correr cara abaixo era a "Menina dos olhos tristes" de Zeca Afonso [seria Zeca ou também Adriano??]
Aproveitando o facto de ter escrito este post, sem pensar, ao correr da pena, como gosto, justifico não tê-lo feito ontem pelo seguinte:
Deu, ontem às 21H na RTP1, um programa sobre a Guerra Colonial, e dará mais episódios, ao que julgo saber sempre à terça-feira. Estive a ver, obriguei-me a ver até ao fim, se bem que a meio estive para desistir. Mas, como disse, obriguei-me a ver. Não posso deixar que a sensibilidade me afaste da realidade, terá chegado a hora de lidar com algo de que sempre fugi... a Guerra. Falar dela, simplesmente, algo que me deixa de rastos. Ver este programa saíu-me caro, uma noite mal dormida...
Ainda vai ter que nascer alguém que me consiga explicar as "razões" da Guerra. E não me contento com qualquer resposta, recuso-me a aceitar um simples "a rebelião dos povos pela libertação"... Não me convence, terão que fazer melhor!
Aquilo que ouvi, e aquilo que vi não se justifica com NADA!
Não posso esquecer um recorte de Jornal que citava Mário Soares em qualquer coisa como: Em caso de emergência, atire-se contra os colonos Brancos ... algo assim. Acho que esta frase, só por si, é suficiente para ilustrar a dita "pessoa" ...
Tenho pena, muita pena, de não ter estudado na escola o processo de descolonização, mas ainda não era "história"...
Um último ponto para esclarecer: Sou a favor da descolonização (não daquela, ou da forma como foi feita), da independência do País que me viu nascer, quero-o livre da Guerra, quero-o próspero e saudável, a ele, ao povo ...
Oooopsss... falei demais... :(
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Viagem a um passado...
Um passado além daquele que me lembro. Lembro-me, antes, de o ouvir vezes sem conta pela boca da minha avó. De tanto o ouvir, quase podia jurar que me lembro de ter vivido aqueles momentos, mas é impossível. As minhas primeiras recordações são aquelas que lá atrás já contei, naquela magnifica quinta...
Estas que agora conto, reportam ao período que estive no Brasil, entre os meus 4 e 15 meses salvo erro. De tal forma que, segundo rezam as histórias, as primeiras palavras que eu disse foram "Mâe" e "Pâe", mesmo à brasileira. Ao que sei também, delirava a ouvir Roberto Leal, punha-me logo a dançar, mas esta parte passamos à frente, boa? :p
Esta menina irrequieta, pois, era muito bem mandada. Tanto que quando se lhe dizia: "Natacha, não mexe aí" ... a pacanina ia pondo a mão ao mesmo tempo que repetia "Não mexe aí", sendo que logo de seguida estendia a mão e dizia "Tatau" ... Descarada, não? Mas não só.... segundo a minha avó, mesmo que não me estivessem a ver fazer a asneira, eu não deixava créditos por mãos alheias, procurava logo um adulto, de mão estendida, dizendo: "Tatau", mau ,pensavam eles, já fez alguma... e era mesmo verdade...
Compreendo agora esta minha tendência, ou falta de jeito mesmo, para mentir ... porque será??
Lindo lindo, foi quando, de gatas, e chamando pela empregada que vivia do outro lado da rua, me escapuli de casa e me foram apanhar já no meio da estrada, sempre de gatas, chamado "Isaaaa" ... A esta distância, sempre que se fala nisto há sorrisos, mas não imagino o susto de ver uma pacanina atravessar uma estrada perigosa, em cima de uma curva ...
Mas estou aqui, e ainda por cima... nota-se ;)
De vez em quando dá-me para estas coisas da memória... sorry, tá?
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Coração nas mãos...
Silêncios cúmplices
Abraços apertados
Olhares transparentes
Beijos molhados
Palavras tão quentes
Desejos ardentes
Sonhos vívidos
Palpitares carentes
Sopros amenos
Delírios infantis
Arrepios serenos
Suspiros febris
Perfumes lilazes
Toques subtis
Aromas audazes
Deliciosos perfis
Ânsias escondidas
Sentidos apurados
Promessas cumpridas
Amores negados
Encontros marcados
Corações em compasso
corpos se unem
E selam com um abraço
Tenho o coração nas mãos ...
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Há coisas que não se explicam
A vida é bela e é o sonho que a comanda... Vou perseguir os meus sonhos, ser Feliz!
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Reflexo de um desejo
domingo, 7 de outubro de 2007
Introspecção...
Às vezes, talvez menos que as necessárias, parto numa viagem pelo interior de mim.
Sou critica, muito critica até, e apesar de que a apreciação final sair positiva, pontos e características há que eu gostava de alterar e ... não consigo.
Onde fica o limite entre o ser genuína e o ser otária?
Onde fica o limite entre o ser verdadeira e o ser inconsequente?
E o limite entre a perseverança e a teimosia?
Ou entre o ser pragmática ou premeditada?
E, principalmente, onde fica o limite entre o certo e o errado quando falamos de sentimentos?
Há linhas muito ténues...
Será errado, poderá alguma vez ser errado amar? Poderá ser errado seguirmos a voz do nosso coração ignorando a razão?
O calculismo é algo que me falta e não há nada que eu faça consciente com o intuíto claro de prejudicar terceiros para vencer eu. Antes, sofro eu...
Dirão algumas pessoas que têm a paciência para me ler que eu sou "uma boa pessoa"...
Bahhh!
Mas eu não quero ser SÓ uma boa pessoa... eu quero ser Feliz com isso. Complicada esta cabeça? Pois, era uma das coisas que eu gostava de mudar e não consigo.
Isto levar-nos-ia a uma looonga conversa.... mas, abreviando...
Esta viagem, a última, trouxe-me novos sentires, novos aromas, novas experiências, afinal também eu estou bem diferente desde a última que havia feito.
Certo é que ninguém pode dar o futuro como adquirido. Não sabemos o que ele nos reserva, não vale sequer a pena perder tempo com isso. O que temos é o presente!
E o presente é um constante descobrir, para mim, neste momento. Descobrir que estou viva, que existo. Descobrir que ainda há quem note isso mesmo. Deixar-me levar pela vontade simples de querer ir e sentir coisas novas, sem busca de explicações, sem medos de intenções ... se nem eu própria sei quais as minhas.
Ou melhor, sei... as minhas intenções são viver o máximo de momentos felizes. Sei que os haverão tristes, sim, também tenho medo da solidão, mas este momento é feliz, vou aproveitá-lo mesmo que ele termine já já a seguir...
Obrigada...
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Sentido de oportunidade
O Tomás está pronto para ir para a cama e espera apenas que chegue o intervalo do futebol (ele não sabe que é intervalo, pensa que é o fim) para ir para a caminha. Gosto de manter regulares os horários de deitar.
Eu janto, entretanto lá chega o intervalo e cama com ele. São cerca das 21H.
5 minutos depois:
- Mãmã!!
- Sim filho!?
- Anda cá...
- Diz lá filho!
- Quero conversar contigo!
Boa, penso eu, não há-de ser nada e vou fingir que não estou com a cabeça a rebentar...
- Então vamos conversar um bocadinho, mas é tarde e depois tens que fazer ó-ó.
- Tá bem mãmã. Sabes, eu já estou habituado, concerteza...
- Sim filho? Digo eu não percebendo onde ele quer chegar (pensando bem depois, percebi que me queria mostrar que sabe dizer palavras dificeís).
- Eu tenho muitos amigos. Os crescidos são muito simpáticos. Eles falam comigo, eu falo com eles e rio muito. Eles empurram-me... o Jorge entalou-me e eu chorei chorei chorei... bla bla bla...
- Filho, e porquê te empurram?
- Olha... não sei, mas eles são muito simpáticos.
A esta hora já a minha cabeça tinha dado um nó...
- Mãe, diz lá o nome dos meus amigos!
- Não sei de todos!
- Mas diz lá mãe, o Duarte, a Joana... bla bla bla bla
- Tomás!
- Bla bla bla bla...
-Tomás!! Tens que dormir filho que amanhã tens que ir para o colégio cedo e a mãe tem dor de cabeça!
- Quero água! Mãe, porquê a água é sempre molhada!??
Pânico!!
- Tomás, é muito tarde, tens que descansar e a mãe também porque tem dor de cabeça. Amanhã explico-te!
- Tá bem mãmã, vai-te lá embora! (pois!)
- Dorme bem filho, gosto muito de ti!
-Eu também!!
Está a chegar a hora de ir buscá-lo! Será que ele se vai lembrar da conversa de ontem e questionar-me again sobre a água molhada???
PÂNICO! :D
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Fly
I guess it's not too late to start learning how to fly...
As long as I get my wings...
I guess I found my wings...
I guess today I started flying...
And I will reach higher... and higher...
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Adenda ao último post!
Pois!! Puxam-me pela língua, a mim, não à vaquinha, e depois não se queixem! :D
A verdade é que, como diz o meu Amigo João Navarro, ao reler o post anterior me surgiram mais algumas memórias, uma das quais não poderia deixar de contar... uma não, na verdade, duas ;)
Como já disse, a propriedade onde se erguia esta vivenda era enorme. Acontece que, caminhando para Norte da propriedade, em passeios com a minha a avó e irmão, era recorrente encontrarmos muitas vaquinhas a pastar controladas pelo Sr. Manel.
Do mesmo modo era recorrente eu ouvir sair da boca do Sr. Manel, e perdoem-me o palavreado: "Ah vacas dum cabrão" (sic.).
Pois a Pacanina, quando a prima Carlota alvitra a hipótese de eu ir dar um recado ao primo que se encontra para esses lados da propriedade, responde: "Eu não, que está lá o Sr. Manel das vacas dum cabrão" ... :D
Escusado será dizer que o meu receio não era pelas vacas, que até lhes fazia festinhas... era mesmo pelo Sr. Manel..... oooopsssss!!
Bom, a segunda, e menos engraçada, mas que me ocorreu foi:
Em frente à dita propriedade passava uma estrada, e depois dessa estrada continuavam terrenos de cultivo onde eu gostava bastante de andar, por entre as couves, as uvas, enfim, sempre o contacto com a terra para mim foi importante... No limite da horta passava uma ribeira, e junto a essa ribeira várias oliveiras. Chegada a altura, que sinceramente não sei dizer qual é, ia com a prima Carlota até lá, estendiamos (gosto de acreditar que eu também ajudava) um lençol, ou algo que o valha, por baixo das oliveiras e enquanto os adultos batiam com as varas nos ramos da oliveira, eu divertia-me a recolher as azeitonas que saiam fora do dito lençol.
Ora numa destas empreitadas, não é que a prima Carlota "resolve" cair à ribeira!!??
Lembro-me de ficar entre o assustada e o perdida de riso... acho que ela não gostou muito :D
Bem, já chega! Já chega de passado, bora lá masé encarar o presente e construir o futuro ;)
Beijos! Pacaninos...
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Medo!
Olho para trás e vejo-me.
Tinhamos chegado de Angola, ou melhor, do Brasil, para onde fomos quando saímos de Angola e onde permanecemos alguns meses (tirando o meu pai que foi para a RSA).
Havia animais, desde galinhas a coelhos e a porcos, havia jardins enormes, lembro-me de toda aquela imensidão aos olhos de pacanina... lembro-me de corredores feitos de Hortênsias lilases e rosa, lembro-me das enormes varandas, lembro-me da escadaria, dos salões, da resmunguisse do padrinho da minha mãe, do meu primeiro Natal, da queda do meu primeiro dente, da ida do meu irmão para a primária.
Bem analisado ainda terei lá morado cerca de 4 anos.
Das coisas que mais marcam a minha memória desses tempos de pacanina e destemida:
- Ao lado da minha avó, deitadas nos colchões no chão, a rezar : "Anjo da guarda minha companhia, guardai minha alma de noite e de dia"
- Subir e descer aquelas escadas enormes para ir buscar ao quarto os óculos da minha mãe. Às escuras e de gatas... sem medos.
- Ver fazer chouriços, fazer queijo, migar as couves para a criação e o pior de sempre: assistir à matança do porco :(
- Cair durante uma festa em cima duma grade de cervejas e cortar bem perto do pulso. O meu pai a colocar-me na ferida, não recordo se a cinza ,se mesmo o tabaco antes de queimado. E depois ser cozida e assistir a tudo impávida e serena, sem uma lágrima.
- O feitio do padrinho da minha mãe era algo ... diferente... o fogareiro estava aceso no meio da sala e as castanhas e batatas doces assavam, passei a correr para que ele não reclamasse e caí de barriga em cima do fogareiro...
- A crueldade ingénua de ter partido os ovos que estavam a ser chocados e ter visto os pintaínhos ainda em "formação". A defesa do meu irmão perante a prima Carlota.
- A cobra que o meu pai matou à entrada da casa.
- Descer as escadas no 25 de Dezembro e encontrar, não obstante tantas dificuldades, os tão ansiados presentes que, curioso, não consigo lembrar. Apenas recordo os do meu irmão.
Fui feliz naquele tempo, era pacanina, ingénua e pura. Não tinha noção de todas as dificuldades porque passavam os meus pais, nem que a casa não era nossa, nem que não poderiamos ficar mais... mas não tinha medo...
E hoje tenho medo! Tenho 32 anos, sinto-me desprotegida por não ter a ingenuinidade da criança, embora a criança ainda viva em mim!
[No local onde existiu outrora esta bela casa, nasceu posteriormente uma grande urbanização. Esta casa situava-se em rio de Mouro, Mem Martins.]
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Reflexos
Os dias sucedem-se uns atrás dos outros inexoravelmente.
Os reflexos de mim são nítidos e claros quando estou só, mas distorcidos quando não. Oiço-me perguntar para dentro quem é aquela ali naquele reflexo e que sorri? Sou mesmo eu? Mas como sou eu se me sinto a desintegrar, se me sinto sucumbir à consequência e ao peso das decisões tomadas e acertadas!? Sem sorrisos... por dentro!
Oiço-me, e refugio-me nos momentos que me dão algum prazer. Recebo os carinhos que, de uma forma ou de outra, me são destinados. Dou-me mas recebo, sem grilhetas... naturalmente...
Oiço as palavras amigas e carinhosas e nesses momentos de ternura volto a ser eu, encontro-me!
Mesmo que inconsequentemente, agora abstenho-me de pensar, limito-me a receber e a dar, a retirar algum prazer e a proporcionar outro tanto... a conversar, a viver...
O dia de amanhã pode ser diferente, mas este já está vivido!
As dificuldades que se adivinham, as dores de cabeça, as preocupações servirão apenas para me mostrar que estou viva, que acerto, que erro, que sou amarga mas também doce, que amo, que não amo, enfim... que sou Humana e que nada há de mal nisso!
Vou aproveitar ao máximo o que me dá prazer para poder suportar o que me mata!
Obrigada a todos quanto, mesmo que não saibam, me dão alento, e que me fazem encarar com optimismo o futuro!
Eu SEI que vou conseguir! Já comecei...
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Vida e Amor
As lembranças que aqui conto
são de um tempo em que eu pensava
que o amor que eu sentia
para toda a vida durava...
Pois agora tenho a certeza!
Não são assim todos os amores!!??
Duram enquanto há vida
e enquanto há vida há amores
Cada amor tem uma vida
E toda a vida é o amor...
E o amor é tudo o que fazemos
Com dedicação e entrega
A vida que tanto amamos
em constante descoberta
e quando um dia a vida
Nos pregar uma partida
poderei seguir feliz...
pois fui tua toda a vida...
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
As crianças não deviam sofrer
Ter a vida algo virada do avesso, ser acometida de medos e de pensamentos perturbadores, um trabalho intenso e absorvente, angústias e incertezas... não é fácil. Este é o meu momento!
Mas receber a noticia de que uma criança de 7 anos, familiar, é hospitalizada de urgência com um tumor na cabeça, depois de queixas de dores de cabeça... faz com que qualquer problema pareça tão pequenino... que as minhas angústias perto das que passam aqueles pais são agora tão insignificantes...
Como mãe sinto uma dor e uma revolta grande por pensar: Meu DEUS... as crianças não deveriam sofrer!
O meu sorriso apaga-se e uma lágrima por ti caí, querido João, sê forte... tu vais conseguir! O teu mano precisa de ti, os teus pais e avós ...
Sem mais palavras...
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Who am I?
For those who may think that I am a fool
And those who think that I am not
I take a deep breath and say with all my heart
not even I know what I am or what I’ve got.
And when the day of the truth comes
I can assure with my raised head
That I've lived my life to the limit
I've lived my life as I really am ...
I don't pretend to be understood
I'm not saying that you must like me
I am what I am whatever that is
and for those to whom I am not, I’ll be ...
I will keep being me, whatever that may be!
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
O meu Sonho
Sonho um dia sonhar
Sonho esquecer a realidade
Sonho nunca acordar
Sonho matar a saudade.
Sonho em ser sonhadora
Sonho escrever o meu sonho
Sonho que um dia sonhei
Que acordava do sonho
Sonho viver, ser Feliz
Sonho muito acordada
Sonho que o nosso amor
Acorda a vida que é sonhada
Sonho contigo ao meu lado
Acordo abraçando o meu sonho
Sonho que o abraço que é dado
É simplesmente o meu sonho!